Amazonas/AM – Neste mês, o Projeto Pé-de-Pincha alcançou a fase de eclosão de ovos nas comunidades Rio Novo (km 362) e São Sebastião do Igapó-Açu (km 262), localizadas no trecho do meio da rodovia BR-319. Esta é mais uma etapa cumprida no roteiro anual do programa, que visa à conservação de espécies amazônicas ameaçadas, como tracajás e tartarugas, através do manejo comunitário e da proteção dos ninhos.
A fase de eclosão é precedida pela coleta dos ovos, realizada entre junho e agosto. Após a coleta, os ovos são transportados para chocadeiras construídas nas comunidades, que oferecem um ambiente seguro, livre de predadores. Esse cuidado permite que os ovos se desenvolvam adequadamente. Após o período de incubação, os ovos eclodem, e os filhotes são transferidos para tanques, onde permanecem sob cuidados por cerca de dois meses antes de serem soltos em seu habitat natural, aumentando assim suas chances de sobrevivência.
O Pé-de-Pincha conta com o apoio de órgãos como a Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas (Sema), o Ibama e a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), além de parcerias locais com moradores que atuam como monitores voluntários, participando ativamente de todas as fases do programa. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) também apoia a iniciativa por meio da Gestão Ambiental da BR-319/AM/RO, sob responsabilidade do Consórcio Concremat/Hollus, fornecendo materiais necessários e promovendo ações de educação ambiental, essenciais para fortalecer a preservação dos quelônios na Amazônia.
Desde sua criação em 1999, o Projeto Pé-de-Pincha tem se mostrado eficaz em envolver as comunidades ribeirinhas na conservação das populações de quelônios, utilizando uma abordagem de pesquisa-ação-participativa. Com essa metodologia, as comunidades são capacitadas para identificar e proteger praias e ninhos, além de acompanhar o ciclo de vida dos quelônios desde a coleta dos ovos até a soltura dos filhotes na natureza.
Fonte: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)