Manaus/AM – A falta de medicamentos essenciais para as pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), na rede estadual de Saúde e na rede privada, há dois meses, está causando apreensão aos pais de crianças com transtorno neurológico. A denúncia foi feita hoje (4) pelo deputado Luiz Castro (Rede), que encaminhou requerimento à Susam, pedindo providências imediatas para disponibilizar aos pacientes os medicamentos de uso controlado.
Luiz Castro abriu espaço na tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), para que a advogada Alice Sobral, presidente licenciada da Comissão de Autismo e TDAH, da OAB-AM, fizesse um apelo, principalmente, ao Poder Público em favor das famílias que estão apreensivas com a falta dos medicamentos Ritalina (Metilfenidato), Concerta e Risperidona.
“A falta desses medicamentos pode provocar nas crianças comportamento agressivo ou desenvolver quadros de depressão”, alertou Alice Sobral, lembrando que os remédios também eram fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), mas a distribuição está suspensa.
Acompanhada do presidente do Grupo Âncora, Ivan Porto, que também atua na defesa dos direitos dos portadores de TDAH, Alice Sobral disse que os governos estadual e municipal precisam deixar as desavenças de lado, pelo menos na área de Saúde, para não prejudicar a população, e atender as pessoas que dependem do fornecimento de remédios controlados.
No requerimento encaminhado à Susam, o deputado Luiz Castro pede medidas urgentes para reabastecer a rede estadual com os medicamentos, diante dos prejuízos que a ausência dos remédios pode causar às crianças. “O desempenho de suas atividades fica comprometido, acarretando danos significativos à sua qualidade de vida”, reforçou o parlamentar.