Uma inspeção minuciosa na obra abandonada da Cidade Universitária da UEA, no município de Iranduba, foi solicitada pelo deputado Luiz Castro (Rede), por meio de requerimento com indicação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), para que o órgão identifique os investimentos realizados e apure as denúncias de depredação do patrimônio construído com dinheiro público.
Orçada em R$ 81,9 milhões, a primeira etapa do complexo universitário iniciada em 2014, paralisou com pouco mais de 20,77% das edificações executadas, consumindo R$ 17.031.510,95 na construção dos prédios que abrigariam a Reitoria, uma Biblioteca e um Refeitório, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra).
As edificações deveriam ter sido concluídas há três anos, para que a Cidade Universitária, que seria o maior complexo de ensino superior do Estado, estivesse funcionando plenamente na formação dos estudantes do interior do Amazonas.
“Lamentavelmente, a interrupção da construção, sem condições de retomada a curto prazo, expõe as obras à deterioração e à ocorrências de depredação, com graves prejuízos ao patrimônio público”, afirma Luiz Castro.
Em visita ao local, Luiz Castro observou as edificações inacabadas e a ausência de operários trabalhando. “Um quadro de abandono que contraria a realidade dos milhões de reais retirados dos cofres do Estado para iniciar a obra, demonstrando total desperdício de dinheiro público”, observou o deputado.
Para o parlamentar, a situação da Cidade Universitária é ainda mais preocupante, uma vez que há uma indefinição governamental sobre o destino da estrutura implantada e do empreendimento iniciado.
Por se tratar de um assunto de relevante interesse público, Luiz Castro solicita ao TCE, providências para que faça uma vistoria rigorosa, que aponte os gastos investidos e os prejuízos causados pelo abandono das obras, com as devidas recomendações ao Poder Público Estadual.
Castro denunciou ainda o abandono das obras da UEA no município do Careiro Castanho, onde os estudantes estão tendo aulas em um prédio alugado, e em condições precárias. No município de Apuí, as obras do prédio da UEA também estão paradas.