Jair Bolsonaro, candidato à Presidência pelo PSL, confirmou a escolha do nome do general da reserva Hamilton Mourão como integrante de sua chapa.
A indicação foi confirmada em nota pelo PRTB e a oficialização ocorrerá em convenção nesta tarde. Ao jornal Estado de S.Paulo, Mourão confirmou ter aceito o convite e se disse “honrado”.
O partido de Mourão, presidido por Levy Fidélix, acrescenta pouco à coligação de Bolsonaro em termos estratégicos, pois leva apenas um segundo de televisão para o programa eleitoral de televisão e rádio do candidato.
Embora também seja militar, Bolsonaro tem um currículo bem mais modesto que o de seu vice no Exército. O presidenciável chegou a capitão, enquanto Mourão foi general de exército, segunda patente mais alta da coorporação.
Nos últimos anos, Mourão passou a adotar um perfil linha dura semelhante ao de Bolsonaro. Em seu último discurso como general no Salão de Honras do Comando Militar do Exército, no fim do ano passado, chamou o torturador Carlos Bilhante Ustra de “herói”.
Antes de deixar o cargo de secretário de Economia e Finanças do Comando do Exército e seguir para a reserva, Mourão causou enorme polêmica ao defender, em uma palestra promovida pela maçonaria em Brasília em 2017, uma possível intervenção das Forças Armadas caso as instituições não resolvessem “o problema político”
À época, o militar afirmou que ou o Judiciário retirava da vida pública “esses elementos envolvidos em todos os ilícitos” ou o Exército teria de “impor isso”. Ele afirmou que não existe uma fórmula de bolo para uma revolução ou uma intervenção, mas que haveria “planejamentos muito bem feitos”.
Em 2015, o comandante do Exército também resolveu internamente outra polêmica. Exonerou Mourão do Comando Militar do Sul e o transferiu para a secretaria de Finanças após seu subordinado criticar abertamente o governo de Dilma Rousseff.
Com informações Carta Capital