Especialistas aconselham a lidar com as crianças da geração alfa
Nativos digitais – As crianças que comemoram o dia dedicado a elas na data de hoje – 12 de outubro – não conhecem o mundo sem os tablets, internet e toda a gama de conexão e tecnologia que existe atualmente. Chamada de geração alfa, as crianças nascidas a partir de 2010 ainda sonham em ser médico ou dentista quando crescerem, mas, como William Augusto de 8 anos adoram ficar conectados.
Tecnologia, infância e pandemia – William Augusto, de 8 anos é um craque no celular gosta de assistir vídeos, brincar de jogos mais gosta de estudar nestes tempos de pandemia William assiste as aulas em casa através do celular, tudo supervisionado pela sua mãe Silvia.
“A geração denominada Alfa já nasceu com a tecnologia inserida em seu contexto diário, mas se bem estimadas, também adoram o brincar desconstruído”, afirma a pedagoga com especialização em educação transdisciplinar, autora de literatura infantil e infanto-juvenil, Elisabete da Cruz. “O que observo é este brincar precisa ser mais instigante. Elas não gostam do jogo pronto, mas da possibilidade de criar suas próprias regras. São mais autônomos e frequentemente desafiadores. Precisam de outros estímulos que estimulem seu lado criativo e imediatista.
A neuropsicopedagoga explica que, devido a intensa influência tecnológica, as crianças alfa são muito inteligentes, curiosas, multitarefas e tem intensa necessidade de interagir, inventar e se conectar. “Boa parte das brincadeiras são realizadas por meio da tecnologia, ou seja, os amigos podem ser virtuais ou não, mas o meio de relação entre eles é o mesmo: a tecnologia,”
Benefícios da Tecnologia – A pandemia intensificou o uso das tecnologias e a sala de aula virou a tela do computador/tablet/celular. Esse “novo normal” para as crianças pode mudar a relação delas com o mundo. “O período de quarentena vivenciado por todos nós aumentou consideravelmente o “tempo de tela” de adultos e crianças, gerando alguns problemas que são notados de perto por todos: a exposição intensa gera dificuldades de concentração, atenção, memória e irritabilidade, problemas ocasionados pelo isolamento social e também pela instabilidade do sono”, disse.
Conteúdos infantis e tempo de tela – Nem herói, nem vilã, as telas devem ser vistas como uma realidade, apontaram as especialistas. Mas o que muito se discute entre os pais é se limitar o tempo de tela é necessário. A pedagoga Elisabete destaca a importância da família para estabelecer regras.
“A criança não tem discernimento do que é bom para ela, a família é seu norteador, os limites são necessários para seu crescimento como ser humano. Não existe uma quantidade de horas pré determinadas, porque cada família possui sua própria rotina. Acredito no equilíbrio. Brincar, comer, se exercitar, usar o tablet ou celular, assistir um filme, ler um livro. A vida tem nos mostrado que o equilíbrio é o caminho. Opte pelo equilíbrio e não deixe de acompanhar as atividades que a criança tem tido acesso”, aconselha.
“Hoje existem centenas de plataformas, sites, blogs, empresas de projetos educativos e outras infinidades de recursos facilmente encontrados na internet para dar este suporte, até a contratação de um profissional especializado para estas orientações.”
Saúde, Vitamina D – Especialistas chamam a atenção com o cuidado com a saúde pela falta de sol, diferente de outras vitaminas, a D vitamina que pode ser produzida pelo organismo. Ela é responsável pela saúde dos ossos e músculos – sem ela, não conseguiríamos nem ficar em pé, nossos ossos e dentes seriam frágeis e não teríamos força muscular adequada. Ela também é importante para a imunidade e pode ser um fator de proteção para alguns tipos de câncer. A responsável por essas ações é a vitamina D, cuja função é aumentar a absorção de cálcio e fósforo no corpo.
Por isso é muito importante que as crianças pegarem pelo menos 20 minutos de sol diariamente, a falta de sol poderá acarretar sérios problemas na saúde na vida das crianças.