Uma das frentes da 8ª fase da Operação Calvário visa esclarecer atuação de servidor estadual contra interesses da Administração, com possível recebimento de propina
Controladoria-Geral da União (CGU) participa, nesta terça-feira (10), na Paraíba, da oitava fase da Operação Calvário. O trabalho é realizado em parceria com o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (GAECO/MPPB), a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF). O objetivo é aprofundar as investigações que apuram irregularidades praticadas por grupo criminoso na utilização de recursos públicos federais pelo governo estadual.
Com o andamento das investigações, foi identificada a atuação do grupo com jogos de apostas, sendo esta uma das formas encontradas para ampliar as receitas. Para tanto, utilizavam-se da máquina pública no sentido de liberar o funcionamento de empresas ligadas a investigados e que melhor atendessem os interesses financeiros do grupo, ao mesmo tempo que impediam a entrada de empresas concorrentes no Estado.
A força-tarefa busca conter a tentativa de obstrução das investigações causada por um dos envolvidos, o qual possivelmente atuou no sentido de embaraçar as apurações. Outra frente de trabalho visa a obtenção de material probatório para esclarecer a forma de atuação de um agente público estadual contra os interesses da Administração Pública, por meio do possível recebimento de vantagens indevidas.
Impacto social – As irregularidades investigadas na Operação Calvário, principalmente os desvios de recursos, impactaram a qualidade do atendimento prestado à população, nas áreas da saúde e educação, cujas gestões estavam a cargo de Organizações Sociais envolvidas com o grupo investigado.
Diligências – A oitava fase da Operação Calvário consiste no cumprimento de nove mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária nas cidades paraibanas de João Pessoa, Bananeiras e Cabedelo. O trabalho conta com a participação de cinco servidores da CGU e de 39 policiais federais.
A CGU, por meio da Ouvidoria-Geral da União (OGU), mantém o canal Fala.BR para o recebimento de denúncias. Quem tiver informações sobre esta operação ou sobre quaisquer outras irregularidades, pode enviá-las por meio de formulário eletrônico. A denúncia pode ser anônima, bastando escolher a opção “Não identificado”.
Fonte: Controladoria-Geral da União (CGU)