Manaus-AM – Com o encerramento da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza em Manaus, na última quinta-feira, 21/6, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), seguindo a orientação do Ministério da Saúde, vai ampliar a vacinação para crianças entre 5 e 9 anos e adultos entre 50 e 59 anos a partir desta segunda-feira, 25/6. A medida valerá enquanto houver estoque da vacina nas unidades de saúde onde funcionam salas de vacinação.
O secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi, explica que a Semsa recebeu do Ministério da Saúde em torno de 450 mil doses da vacina, tendo como meta alcançar 90% do público-alvo dos grupos prioritários, composto por 424.402 pessoas. “A exemplo do que ocorreu em quase todo o país, em Manaus também ainda não fechamos a meta. Já aplicamos 312.880 doses, o equivalente a 73,72% de cobertura vacinal. Mas vamos continuar oferecendo o imunizante em nossas unidades, gratuitamente, incluindo essas duas novas faixas-etárias”, explica Magaldi.
A 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza teve calendário diferenciado na cidade, devido ao surto de sarampo, iniciando no dia 12/5.
Segundo o que preconiza o MS, a vacina contra o vírus Influenza é indicada para indivíduos com 60 anos ou mais de idade; trabalhadores em saúde; povos indígenas (aldeados e assistidos pela Sesai); crianças na faixa etária de seis meses a menor de cinco anos de idade (quatro anos, 11 meses e 29 dias); gestantes; puérperas (até 45 dias após o parto); grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional e professores das escolas públicas e privadas.
Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais deverão apresentar o laudo médico, receita, carteirinha dos programas de saúde, prescrição médica ou outro documento que comprove a sua condição clínica para receber o imunobiológico, assim como, os professores também deverão apresentar documentos (crachá, contra cheque ou outro documento) que comprovem a profissão.
A Semsa oferece a vacina em 183 salas da rede pública, ressaltando que 10 Unidades de Saúde trabalham em sistema de horário ampliado, de segunda à sexta-feira, das 7h às 21h, e aos sábados, das 8h às 12h, sendo que no caso da UBS Dr. José Rayol dos Santos (na avenida Constantino Nery), que está em reforma, a Sala de Vacina está funcionando nas dependências da Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam).
A Vacina – A vacina contra influenza é trivalente constituída por vírus inativados, fracionados e purificados, portanto, não contêm vírus vivos e não causam a doença. É contraindicada para pessoas com alergia grave ao ovo de galinha e para aqueles que já apresentaram reação anafilática a doses anteriores.
Sobre a Influenza – A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, e é um problema de saúde pública no Brasil. Esta patologia pode levar a complicações graves e ao óbito, especialmente nos grupos de alto risco para as complicações da infecção viral (crianças menores de cinco anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais).
A cada ano esta gripe pode se apresentar de forma diversa, assim como a infecção pode afetar de forma diferente as pessoas. A transmissão do vírus influenza ocorre por meio do contato com secreções das vias respiratórias eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar (transmissão direta) ou através das mãos ou objetos contaminados (transmissão indireta), quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz).
A vacinação mostra-se como uma das medidas mais efetivas para a prevenção da influenza grave e suas complicações. Atualmente, as vacinas utilizadas contêm antígenos contra três cepas de influenza: A (H1N1), A (H3N2) e B. Estas cepas são diferentes a cada ano visando prevenir a doença causada por cepas que circularão na temporada seguinte.
Texto: Sandra Monteiro/Semsa